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Nas farmácias, o grande negócio é a saúde

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Nas farmácias, o grande negócio é a saúde

Por: ASCOM
Publicado: 06/11/2007 02:00
Última Modificação: 25/06/2015 09:41
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Luiz Paulo Brandão (Visa Recife); Maria Cecília (Anvisa) ; Pedro Ivo Ramalho (Anvisa); Jaime Brito (Apevisa)  
A diretora da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Maria Cecília Brito, participou, nesta segunda-feira (5), da terceira audiência pública sobre a proposta de regulamento que define critérios para venda de medicamentos, alimentos e prestação de serviços em farmácias e drogarias. O texto esteve em consulta pública durante 90 dias.

Cerca de 120 pessoas acompanharam a audiência pública. A maior parte,
 
 
profissionais de Vigilância Sanitária de estados e municípios que estão na II Jornada Norte-Nordeste de Vigilância Sanitária, em Olinda (PE). A Anvisa irá analisar as 18 manifestações recebidas, que poderão ser incluídas no texto final.

Para Maria Cecília, a proposta da Agência para as farmácias e drogarias complementa o controle que existe na produção de medicamentos. Além disto, o regulamento de Boas Práticas Farmacêuticas possibilita a valorização do profissional farmacêutico. "A grande discussão que se trava é entre o comércio e a saúde. Se esse novo regulamento entrar em vigor, os fiscais terão mais trabalho. Mas teremos as farmácias como estabelecimentos de saúde", enfatizou. Depois da audiência pública de Olinda, outras duas serão realizadas contemplando as Regiões Norte e Centro-Oeste.

Debate


Segundo o assessor-chefe da Assessoria Técnica da Anvisa, Pedro Ivo Ramalho, o objetivo maior da Agência quanto à proposta do regulamento de Boas Práticas Farmacêuticas é diferenciar as farmácias de estabelecimentos comerciais. "Nossa proposta tem dois focos: o primeiro é definir o que pode ser vendido nas farmácias de acordo com a promoção da saúde e por fim estabelecer os critérios para a prestação de serviços pelas farmácias", explicou.

Na audiência pública, o presidente da Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária (Apevisa), Jaime Brito, citou o relatório da CPI de medicamentos. "Em 2000, o relatório apontou para a necessidade de mudar a cultura de se vender de tudo nas farmácias e até medicamentos".

Já o gerente de Vigilância Sanitária de Recife, Luiz Paulo Brandão, afirmou que as brechas que existem na lei atualmente favorecem às farmácias que conseguem na justiça o direito de funcionar como mercados. "O regulamento proposto vai nos dar mais força para fiscalizar", esclareceu.

Jornada


Ulisses Tenório (Secretaria de Saúde de Jaboatão dos Guararapes); Dirceu Raposo de Mello (Anvisa); Tereza Campos (Secretaria de Saúde de Recife); Humberto Costa (Secretaria das Cidades de PE); Luciano Siqueira (Prefeitura); Cláudio Duarte (Secretaria de Saúde de PE); Ivana Botelho (Promotoria de Saúde - MP); Jaime Brito (Apevisa); Adeilza Ferraz (Comissão organizadora da Jornada)
Na abertura da II Jornada Norte-Nordeste de Vigilância Sanitária, neste domingo (4), o diretor-presidente da Anvisa, Dirceu Raposo de Mello, disse que discutir temas da vigilância sanitária neste momento contribuirá para a Conferência Nacional de Saúde, marcada para os dias 14 e 18 deste mês, em Brasília (DF). "Estamos a alguns dias da Conferência Nacional de Saúde, que vai ampliar o debate sobre o papel do Sistema Único de Saúde (SUS). A vigilância sanitária está inserida no tema por fazer parte do SUS e pela importância atribuída pela sociedade ao nosso trabalho".
 
A Jornada, que ocorre a cada dois anos, é promovida pela Anvisa, em parceria com a Prefeitura do Recife e Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária (Apevisa). O tema deste ano é "Vigilância Sanitária – um instrumento de cidadania".

Na cerimônia, Dirceu Raposo lembrou da construção do Plano Diretor de Vigilância Sanitária (PDVISA) como um exemplo de participação que envolveu estados e municípios do país. "É um instrumento que demonstra a maturidade atingida ano a ano pelo Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS). O PDVISA é um norte para nossas ações", afirmou.

Após a abertura, o diretor da Anvisa, Cláudio Maierovitch falou sobre a relação entre o consumo e o risco à saúde. Na conferência sobre vigilância sanitária e cidadania, o diretor sensibilizou os participantes para a necessidade de mudar de postura diante da globalização e da tendência de transformar a saúde em um objeto de consumo. "Precisamos estimular a globalização do conhecimento com valores que colaborem para a preservação da qualidade de vida", defendeu.

 
Mais de 1,5 mil especialistas participam da II Jornada Norte-Nordeste de Vigilância Sanitária até esta terça-feira (6). O encontro divulga 250 trabalhos científicos com eixos temáticos que abordam controle social, educação sanitária e novos desafios para área. "É um momento de reunir os profissionais da saúde do país e, desta vez, de outros paises, com o objetivo de aprimorar a qualidade dos serviços prestados à população",  
 

afirmou a presidente da comissão organizadora da Jornada, Adeilza Ferraz. O diretor de Medicina do Trabalho na Faculdade de Ciências Médicas de Rosário da Argentina, Jorge Kohen, acompanha as discussões do encontro.

Entre os trabalhos selecionados está o da especialista da Gerência-Geral de Sangue, outros Tecidos, Células e Órgãos da Anvisa, Lara Alonso, sobre o controle de embriões."Fiz um levantamento e constatei que existem pelo menos 120 bancos de células e tecidos germinativos no país. A idéia é por meio de um sistema informatizado termos um controle sobre os embriões que estão nesses bancos. Assim, poderemos acompanhar a prática médica", afirmou. Na programação cultural do encontro, há espaço para danças típicas da região como o coco, maracatu e frevo, além de peças de teatro sobre a importância de prestar um atendimento de qualidade ao cidadão.

Notivisa

Nesta terça-feira (6), o "Simpósio Regional Notivisa: um novo paradigma para a Vigilância Sanitária" pretende sensibilizar os profissionais da saúde sobre a importância de informar a Anvisa de problemas relacionados a produtos e serviços sujeitos à vigilância sanitária. O simpósio acontece durante a Jornada Norte-Nordeste. "Estamos iniciando a divulgação nos estados do Notivisa", informou a adjunta de diretor da Anvisa, Beatriz Mac Dowell.

O Notivisa é um programa/sistema eletrônico da Anvisa voltado ao registro de notificações relacionadas a efeitos adversos e queixas técnicas de produtos interesse à saúde.
 

Imprensa/Anvisa